domingo, 20 de setembro de 2015
Resenha # 22: Grey (E.L. James)
Because I'm fifty shades of fucked up, Anastasia.
- Grey, pág. 253
Ficha Técnica:
Autora: E.L. James
Editora: Vintage (EUA)
Páginas: 559
Ano: 2015
Sinopse: A série mais vendida do mundo está de volta, e agora, a narrativa é feita pelo personagem Christian Grey.
O começo da história de 50 Tons de Cinza é mostrada pelo ponto de vista do multimilionário Grey, desvendando seus segredos e mistérios.
Desde o dia em que Anastasia Steele caiu em seu escritória, Christian parece cada vez mais envolvido com a estudante de literatura.
Entretanto, a obsessão de Grey vai muito além do comum, e um mundo cheio de sexo, desejo e submissão é exposto para Ana.
Ele, acostumado em exercer o controle sobre tudo, terá que se adequar e expor todos os seus segredos do passado para conseguir a confiança de Anastasia. Infelizmente, nem tudo o que Grey deseja oferecer à ela parece o suficiente.
Foi uma surpresa para mim quando decidi ler esse livro. Nunca me interessei por 50 Tons, principalmente pelo assunto de sadomasoquismo abordado, algo naquilo me deixava incomodada. Felizmente, tentei dar uma nova change a história lendo pelo ponto de vista do Grey.
Nunca li um livro em inglês, e decidi começar por uma história que já conhecia, entretanto, nunca esperei me envolver tanto no livro como acabei ficando.
A história começa no mesmo ponto do primeiro livro, entretanto, agora podemos entrar na cabeça de Christian e ver tudo o que ele pensou desde o momento em que conheceu Anastasia na entrevista. Ele se mostrou um personagem muito mais complicado do que eu imaginava, e os flashbacks de sua infância nos faz ter uma ideia da vida conturbada que Grey teve.
É evidente a obsessão de Christian pela garota desde o começo, e seu desejo por torná-la submissa perdura até o final do livro, entretanto, a personalidade do personagem começa a mudar no momento em que inicia seu relacionamento com Anastasia.
Em muitos momentos, Grey abre mão de coisas que nunca faria apenas para manter Ana perto de si, e esses momentos românticos foram o ponto alto da história. As viagens no Charlie Tango, as trocas de e-mail...
Os pesadelos que Grey tem são bastante perturbadores pois mostram cenas de maus tratos e violência durante a infância e isso foi muito chocante. Com essas memórias entendemos muito da maneira como o personagem se comporta.
A narrativa da autora, mesmo em inglês me incomodou um pouco. As descrições eram vagas e as ações aconteciam muito rápido. Por algum tempo imaginei que estava lendo um livro de um inciante, não de uma das autoras mais famosas do mundo. Espero que a versão em português acabe modificando isso.
Outro ponto que continuou me desagradando foram as partes em que Christian levava Ana para o quarto do jogos (playroom na versão em inglês). A forma como as "torturas" agradavam Grey e o seu constante desejo de submeter a garota aos seus objetos de prazer me deixavam incomodada e até mesmo revoltada. Entendo que o livro revela todo esse mundo mas não gira completamente em volta do sadomasoquismo, e nem mesmo li os outros livros, mas a ideia de submissão e punições não foram de meu agrado.
Afinal, a vida de Grey foi muito conturbada e os fatores o levaram a ser assim, mas espero que nos outros livros seja explorada ainda mais a vida dele para que finalmente eu comece a entender o porquê de Christan gostar tanto de ser um Dominador.
Pretendo agora ler a trilogia de 50 Tons de Cinza também em inglês, e espero que a história acabe mudando minha cabeça.
O livro Grey receberá 4 estrelinhas!
Marcadores:resenhas
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