sexta-feira, 11 de dezembro de 2015
Resenha #35: Cidades de Papel (John Green)
Vocês vai para as cidades de papel e nunca mais voltará
Ficha Técnica:
Autor: John Green
Editora: Intrínseca
Páginas: 368
Ano: 2013
Sinopse: Quentin é apaixonado por sua vizinha desde criança, entretanto, nunca mais se falaram desde o dia em que encontraram um corpo de um homem.
Depois de alguns anos, Margo tornou-se a rainha da escola, enquanto Q segue sua vida regrada e sem nenhuma diversão.
Até o dia em que Margo invade seu quarto no meio da noite, vestida de ninja, pedindo sua ajuda para vingar-se do namorado que a traíra e dos amigos.
Vivendo uma aventura que nunca imaginou, Q não tinha ideia de que aquela seria sua última noite com a garota que amava.
Depois do desaparecimento de Margo, toda a escola e até mesmo a vida de Quentin viram e ponta cabeça, e tudo o que lhe resta são as pistas que a garota deixou, tão confusas quanto a própria Margo.
Na tentativa de encontrá-la, Q embarca na sua própria aventura com os amigos, e descobre que, as vezes, simplesmente não pensar no futuro é o melhor plano.
Depois das minhas experiências com A Culpa é das Estrelas e Quem é Você, Alasca?, comprei Cidades de Papel sem muitas expectativas, imaginando ser outro livro em que John Green me decepcionaria. Felizmente, eu estava enganada.
A história narrada pelo ponto de vista de Quentin, parece-se muito com uma história qualquer de um garoto apaixonado pela menina mais popular da escola, que aparentemente não se importa com ele. Entretanto, vindo de John Green, é de se esperar que nenhuma história vai ser "comum".
Tudo muda rapidamente, e a história começa a envolver os leitores no momento em que Margo entra no quarto de Q, levando-o para um completa aventura na madrugada.
Percebemos em Quentin, uma personagem muito simples, que nunca faz loucuras ou se desafia, mas a partir da noite com Margo, vemos a mudança gradual do menina para alguém que para de pensar na consequências e começa a agir. Q é muito engraçado, sem deixar de lado seu amor por Margo, que move toda sua busca pela menina.
Mesmo sendo um livro sem muitas partes românticas, a paixão de infância do menino por Margo é simplesmente encantador.
Margo é, sem dúvidas, a personagem mais marcante. Mesmo aparecendo poucas vezes, percebemos a "presença" da menina em todo o enredo, influenciando as decisões e os momentos mais relevantes. Além de ser uma personagem que rouba seu coração facilmente, por seu jeito descontrolado, moleque e muito engraçado.
O enredo é bem gostoso, além de ter muitas partes engraçada, tem um toque de mistério e drama, característicos de John Green.
Uma coisa que também parece ser marca do autor, são as muitas reflexões dos personagens durante o livro, o que leva o leitor a pensar muito, e se apaixonar ainda mais pela história e pelos personagens.
O que vale mais apena no livro é a constante brincadeira de Sherlock Holmes de Q em busca de Margo, seguindo pistas, invadindo lugares abandonados, desvendando mistérios. A forma como o autor brinca entre o desaparecimento de Margo com o descobrimento da adolescência pelos amigos da garota, deixa o enredo dinâmico.
O final também leva muito a característica do autor é o final completamente diferente do que imaginamos, o que é muito bom, pois não torna a história nada previsível. A idealização de amor e a forma como vemos Margo pelos olhos de Q muda completamente quando o grupo de amigos a encontra, e o fim se torna vago, deixando para nós o trabalho de imaginar como será a vida de Q e Margo depois do livro.
É tocante e apaixonante, como um verdadeiro livro adolescente deve ser! E mesmo assim, Cidades de Papel consegue atingir pessoas de qualquer idade, com suas reflexões e momento emocionantes.
Cidades de Papel receberá 5 estrelinhas!
Marcadores:resenhas
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